1.7.08

Cartas de Amor

XVII


Nem eu , amor, suspeitei que a fuga nos franquearia o poder de nos exilarmos em sossego, excedendo-nos força e atrito que impede a emoção de não consumar o simples. Como é saber fugir ignorando?

E quanto do mundo, da noite, da solidão, será como sabão misturando-se nas águas. E quanto de mim, em ti, será o sabão da solidão na noite do mundo?

E haverá uma água interdita (amor)? – agregando, cruel, a espuma subtraindo-nos – sós – puros ou sem pudor.

Sem comentários: