XVIII
Sinistra, amor, é a veloz fuga em que te desamparas riso ou choro – comoventes – origens do meu: escuta-me, escuta-me amor.
Não resistir e não poder absolutamente atingir-te no tormento, na volúpia, e tu submerso, enquanto na superfície a pele absorve toda a entrega de uma realidade derradeira: construída no envolvimento da água (amor) cativando-se.
E no céu os pássaros, abandonando-se à primavera, são como o meu corpo: rindo, rindo do horror deste inverno, amor.
Ali, a morte será como bailarina treinando a sua sombra ante um espelho opaco.
1.7.08
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