XXIII
Não sei de que se faz a indiferença, amor, como podes trazer-me dentro sem que não te ilumines, sem que não te censures perversamente, sem que não saibas quando te olho: vou morrendo como uma pedra insensível ao teu bem.
Sei, sei, amor, que devolvo em tinta bruta os meus olhos fulminados, enquanto me trespassas sem murmúrio.
E ser-te na multidão o golpe do tempo, a tatuada noite de pegadas – vazios de ti, em mim, contrafeitos raro sol.
1.7.08
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