1.7.08

Cartas de Amor

XXIV

Rendo-me, amor, à ausência, fustigando tudo o que em mim me enraíza a ti – obrigada – sem que milagre algum nesta terra derrote o desígnio.

Por vezes, amor, sei que não existo dentro das tuas pálpebras como libertinagem que apaixona e – só – empreendo no lapso: uma morada de maçãs verdes como a minha habilidade ou de romãs vermelhas à mercê das tuas mãos de música, tocando na corda exacta (amor) o som que sibila o mistério.

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