IX
Quero que saibas, amor, que desta terra apenas levo um coração limpo e tenebroso; que a fome não corrompe o meu desejo (amor); que não sabendo amar, aprendi contigo a ver o mundo tão distinto, tão diferente: calmo, transparente, passando por mim, ao meu lado, passando por mim ( amor) – como tu. Como tu me abriste o coração que já só de rojo me obrigara a caminhar?!, sem nada ver, indiferente. Mas é tenebrosa a escuridão invadindo esse medo de te perder, apenas dentro de mim, ou de te ter a meu lado, amor.
Amor, quero que saibas, o meu pavor de nada saber, de nada saber dar, de não saber amar-te no teu desejo, na tua fome, na tua sede privando noutro caminho. Como sinto terror, amor. Quero que saibas, amor, que há muito, nesta terra, o meu coração é limpo e tenebroso.
Agora que já sabes, amor, é teu o poder de assombrar.
1.7.08
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