IV
Sei apenas, amor, que o tempo pára imóvel e o espaço abre em lume a tua presença, quando – só – amor, espero esse lume, nada mais.
Mas, é com um cuidado atento que desço uma máscara, amor, indiferente, enquanto a vida cresce subitamente mais plena e alimenta a sede de apenas diante de ti ser, também, esse lume.
E não é raro – obrigada –, amor, ter de desviar os olhos ou inclinar o corpo para longe.
Como queima esse lume?! E como irrompe graciosa a vida nesse lume interiormente, dentro, cada vez mais fundo removendo a escuridão e o terror, amor.
E tu? amor – bem sabes que não espero nada, nada mais, e que nada tenho senão o lume.
1.7.08
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