Vejo a tua noite como uma pele, amor,
cobre-me a pupila e aguardo essa dor
que supões ser só tua, triste.
Particularmente,
evidencio um esgar de tristeza que não conheces,
essa que suponho ser só a tua única pele nessa noite;
e em delicada ambiguidade adormeço, quase como tu, enfeitiçando;
e eu, como tu,
também esqueço
essa pele escura, amor,
que cobriu o brilho na pupila;
e como se ao teu lado estivesse, guardo um profundo silêncio,
esse que te ofereço em segredo, como uma prece – religiosa – divina ; e envolvo-me solitária pele,
a que nos conhece.
1.7.08
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