1.7.08

Cartas de Amor

XIV


Quebrada, amor, vou forjando uma nova forma de pesar o desperdício, sabendo que não compreendes esta feição absurda de seres possível face que adormece domicílio (amor), sem culpa ou desespero por entre a minha mesa insaciável.

Sem desagravo vou mentir, amor: durmo tranquilamente e já não necessito de te alojar; enquanto um perigoso fastio de tudo se vai apossando.

E tu? Como é fácil não sentir – se interdito (amor) te impuseste. Único possível.

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