XXIX
No meu ciúme, amor, há uma fatalidade embutida, uma adaga assolando a alienação do meu bem na bifurcação ou apenas um berço em que adormeço colhendo frutos. Nele sei encontrar a infâmia ou a tua mão acenando, enquanto vergo a árvore mais próxima no sacrifício.
No meu ciúme há um prazer (amor) alheio que me empurra para um viaduto, onde desfaço a escuridão golfando os ardis, em sumptuosas mariposas ou em intrépidos flancos.
No teu ciúme, imune, também me encontro lápide ou relógio de um tempo adormecido para meu gáudio, sem piedade e sem remorso digladiando o teu encanto.
1.7.08
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